Homem é preso pela sétima vez por violência contra a mulher em São Luís; ele é acusado de ameaçar e divulgar imagens íntimas da ex-companheira
Thiago Pereira da Silva, de 39 anos, manteve um relacionamento amoroso com a vítima por cerca de um mês e, após o término, ele passou a agredi-la verbalmente, ameaçá-la e, por fim, divulgou um vídeo intimo com cenas de sexo entre ele e a vítima.
Por g1 MA
Thiago Pereira da Silva, de 39 anos, foi preso, nesta segunda-feira (22), por ameaça, injúria e divulgação de cenas íntimas tendo como vítima uma ex-companheira. — Foto: Divulgação
Um homem, identificado como Thiago Pereira da Silva, de 39 anos, foi preso, nesta segunda-feira (22), por ameaça, injúria e divulgação de cenas íntimas tendo como vítima uma ex-companheira. Essa é a sétima vez que Thiago é preso por crimes da mesma natureza.
O homem foi preso em cumprimento ao mandado de prisão preventiva, expedido pela Central de Inquéritos e Custódia da Comarca de São Luís. Segundo o que foi apurado pela Delegacia Especial da Mulher de São Luís, Thiago Pereira manteve um relacionamento amoroso com a vítima por cerca de um mês e, após o término, ele passou a agredi-la verbalmente, ameaçá-la e, por fim, divulgou um vídeo intimo com cenas de sexo entre ele e a vítima.
A polícia investigou o caso e descobriu que o homem estava residindo em uma quitinete no bairro Forquilha, em São Luís, local onde foi detido e apresentando no plantão da Delegacia da Mulher.
Após a adoção das providências legais, o preso foi encaminhado para Central de Inquérito e Custódia, onde permanece à disposição do Poder Judiciário.
Ainda de acordo com a Delegacia da Mulher, o homem responde a 14 processos criminais, e destes, 10 na 1ª Vara Especial de Violência Doméstica e Familiar. Além disso, ele já foi preso sete vezes por crimes no âmbito da violência doméstica.
A polícia aponta que o modus operandi do autor é sempre com extremo menosprezo à mulher, representando, pois, grande risco para as mulheres com quem se envolve.
Última prisão foi em 2018
Thiago Pereira da Silva foi preso, em 2018, acusado de descumprir uma medida protetiva de urgência, prevista na Lei Maria da Penha, em favor de uma ex-namorada. — Foto: Divulgação
Em 2018, Thiago Pereira da Silva foi preso acusado de descumprir uma medida protetiva de urgência, prevista na Lei Maria da Penha, em favor de uma ex-namorada. Na época, o homem era acusado de agredir a jovem, identificada como Jully Rego de Lima, que chegou a falar publicamente sobre o caso, afirmando que até a sua família era ameaçada pelo agressor.
Segundo a delegada Wanda Moura, que até então era titular da Delegacia Especial da Mulher (DEM), desde 2015 que Thiago vinha sendo preso por violência doméstica, sendo que ele passou a ser monitorado por tornozeleira eletrônica, mas, continuou fazendo ameaças à vítima.
Diante dos fatos, o homem acabou sendo preso, novamente, em 2018. E, também, foi autuado em flagrante por um novo crime de ameaça, pois, mesmo depois de preso, ele mais uma vez ameaçou a ex-namorada de morte, afirmando que assim que fosse liberado ele a mataria.
“Ele é um cara perigoso que deve ficar preso, ficar segregado. Durante os meses (quase três meses) em que ficou foragido, ele infernizou a vida da Jully fazendo constantes ameaças, além da divulgação de fotos e vídeos íntimos de outras mulheres que se pareciam com a vítima. Ele divulgava para pessoas que tinham contato com a ex-namorada, dizendo que se tratava dela. Ele fazia isso como uma forma de difamá-la, de atacar a honra dela. De tanto sofrer essas agressões, Jully teve que ser encaminhada para atendimento psicólogo e tomar antidepressivos”, informou a delegada Wanda Moura, na época.
Jully Rego falou com a imprensa em 2018 e relatou como Thiago Pereira agia.
“Como ele não tinha mais contato comigo, ele saia ameaçando todos da minha família. Ele se passava por outras pessoas e acabava ameaçando meus pais, minha mãe, meus tios, primos e até a minha filha de 4 anos. Ele chegou a entrar no portal da minha faculdade em uma parte que só eu tinha acesso, respondeu atividades erradas e disse que faria de tudo para me reprovar. Eu fiz vários boletins de ocorrência contra ele, avisava as pessoas o que estava acontecendo e me isolava, por medo do que poderia acontecer”, relata a vítima.
Ainda de acordo com a vítima, ela se manifestou publicamente sobre o caso para alertar outras mulheres.
“Hoje em dia, o mal das mulheres é duvidar achando que a pessoa não é capaz de fazer nada contra ela. Jamais a mulher deve ter esse sentimento de dúvida ou de desafiar uma mente doentia dessa. Eu fiz questão de divulgar a minha vida, a minha história justamente para não acontecer com outras mulheres. A internet é muito perigosa, pois, às vezes a mulher olha um cara bonitinho, legalzinho, formado, etc., e se ilude. Esse foi o meu problema, eu fui pelo papo dele e isso causou uma grande destruição na minha vida”, alertou Jully.