Casos foram confirmados em Santa Inês e São Luís. Ao todo, oito casos já foram registrados.
Por g1 MA
Amostras para testes de varíola dos macacos — Foto: Agência Brasil/Diulgação
A Secretaria Estadual de Saúde (SES) confirmou seis novos casos de varíola dos macacos (monkeypox) no Maranhão. Dois foram registrados em Santa Inês e quatro em São Luís.
Em Santa Inês, os casos surgiram há uma semana e foram confirmados em dois homens: um de 20 anos, e outro de 29 anos, que estão com sintomas leves e não precisaram de internação. Ambos estão isolados em casa e sendo monitorados pela Vigilância Epidemiológica.
Já nos casos confirmados em São Luís, todos são homens entre 20 e 49 anos e também não precisaram ser internados.
Ao todo, segundo a SES, 20 exames foram analisados nos últimos dias pelo Instituto Evandro Chagas, no Pará, mas destes, 14 deram negativos. Agora, uma das preocupações das autoridades é manter a população bem informada sobre as formas de contágio e prevenção à doença.
Maranhão tem oito casos confirmados
Com as seis novas confirmações, o Maranhão chegou a oito casos de varíola dos macacos. Antes, no dia 12 de agosto e no dia 10 de agosto, outros dois casos foram confirmados na capital.
Ambos os pacientes já saíram do período de risco de transmissão da doença e as autoridades de saúde ressaltam que não há motivo para pânico.
Atendimento médico de casos suspeitos
Hospital Dr. Carlos Macieira em São Luís (MA) — Foto: Reprodução/TV Mirante
Na Grande Ilha, as pessoas que apresentarem sintomas semelhantes à varíola dos macacos devem procurar as Unidades Básicas de Saúde, de gestão municipal, o Hospital Carlos Macieira e o Hospital da Ilha. No interior do estado, além das UPAs, a população pode buscar atendimento nos seis hospitais macrorregionais.
“Todo cidadão que apresentar sintomas com relação a monkeypox deve procurar a porta de entrada das unidades básicas de saúde, as UPAS, e nós também teremos os nossos hospitais de referência. Os hospitais da Grande Ilha serão os hospitais Carlos Macieira e o Hospital da Ilha, e no interior do estado, os nossos seis hospitais macrorregionais. Lembrando que todas as unidades hospitalares mencionadas têm leitos de isolamento”, afirma o secretário de Estado da Saúde, Tiago Fernandes.
Sintomas e transmissão
Cientistas dizem que não estamos diante de um problema global da dimensão da Covid-19, porque a varíola dos macacos é mais conhecida dos cientistas e não se espalha tão facilmente — Foto: Getty Images
Os sintomas iniciais da varíola dos macacos costumam ser febre, dor de cabeça, dores musculares, dor nas costas, gânglios (linfonodos) inchados, calafrios e exaustão.
“Depois do período de incubação [tempo entre a infecção e o início dos sintomas], o indivíduo começa com uma manifestação inespecífica, com sintomas que observamos em outras viroses: febre, mal-estar, cansaço, perda de apetite, prostração”, explica Giliane Trindade, virologista e pesquisadora do Departamento de Microbiologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Dentro de 1 a 3 dias (às vezes mais) após o aparecimento da febre, o paciente desenvolve uma erupção cutânea, geralmente começando no rosto e se espalhando para outras partes do corpo.