Uma semana para se conhecer um dos mais importantes pedreirenses da história. A Exposição “Jackson Lago – Vida é Combate”, acontece em Pedreiras a partir de hoje segunda-feira (06/11) até sexta-feira (10), no auditório Zé Caxangá, no Parque João do Vale.
O evento é uma realização do Instituto Jackson Lago, em homenagem pelos seus 89 anos, e contará com a participação da viúva e presidente da instituição, Clay Lago, com uma extensa programação durante toda a semana.
A abertura da exposição será na segunda-feira (06), às 19h30, no Parque João do Vale; já na terça-feira (07), acontecerá a solenidade de entrega da Comenda Direitos Humanos Dr. Jackson Lago ao padre José Geraldo Teófilo, proposição da vereadora Katyane Leite, às 9 horas, na Câmara Municipal de Pedreiras.
A Mostra Fotográfica e as várias apresentações culturais acontecerão ao longo de toda a semana, no Parque João do Vale, Auditório Zé Caxangá, aberto ao público, com entrada franca.
A exposição marca um importante reconhecimento dos pedreirenses ao mais ilustre político da Terra de João do Vale. Uma realização do Instituto Jackson Lago, com o apoio do deputado federal Pedro Lucas, da vereadora Katyane Leite, do vereador Gard Furtado, da Rádio Alternativa FM, Restaurante Ponto X e Faculdade Facesa.
Jackson Kepler Lago
Nasceu em Pedreiras, no dia 1º de novembro de 1934. Foi um médico e político brasileiro, filiado ao Partido Democrático Trabalhista (PDT).
Foi governador do estado do Maranhão de 2007 a 2009, quando teve seu mandato cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral. Antes disso, havia sido prefeito de São Luís por três ocasiões: de 1989 a 1992, de 1997 a 2000 e de 2001 a 2002 (este último interrompido por ocasião de sua renúncia para candidatar-se ao governo do estado do Maranhão nas eleições de 2002).
Morreu no dia 4 de abril de 2011 no Hospital do Coração, em São Paulo (SP), aos 76 anos de idade, em decorrência de problemas respiratórios, depois um longo tratamento contra um câncer de próstata.
Carreira política
Nascido em Pedreiras, no interior maranhense, Jackson Lago formou-se em Medicina pela Escola de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro, tendo feito residência médica no Departamento de Doenças Pulmonares da Policlínica Geral da Cidade do Rio.
Iniciou sua trajetória política ainda na década de 1960, participando de protestos contra a ditadura militar, no MDB.
Foi nomeado secretário municipal de saúde de São Luís na gestão do prefeito Epitácio Cafeteira (1965-1969). Jackson Lago foi indicado para o cargo pela Associação Médica do Maranhão.
Foi eleito deputado estadual em 1974, onde atuou na defesa dos direitos democráticos pela anistia, pelo retorno dos exilados e das eleições diretas.
Ligado ao sindicato dos médicos, foi pioneiro na realização de cirurgia torácica no sistema de saúde pública do Maranhão e lecionou no curso de Medicina da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Clinicou no Sanatório Getúlio Vargas, no Hospital Geral do Estado e no Hospital Presidente Dutra.
Em 1979, ao lado de Leonel Brizola, ajudou a fundar o diretório nacional do Partido Democrático Trabalhista, do qual permaneceu até seu falecimento em 4 de abril de 2011.
Prefeito de São Luís por três ocasiões (1989-1992, 1997-2000 e 2001-2002, quando foi reeleito), Lago, que conquistou o título de melhor prefeito do Brasil, de acordo com pesquisa do jornal Folha de S. Paulo.
Nas eleições de 2006, contando inicialmente com a preferência de apenas cerca de 20% do eleitorado, Jackson surpreendeu todas as pesquisas de opinião e foi eleito no segundo turno com 51,82% dos votos válidos contra 48,18% de Roseana (PFL).
Cassação
Após a derrota nas urnas, a campanha de Roseana Sarney acusou a chapa de Jackson Lago e de seu vice, Luís Carlos Porto, do PPS, de terem cometido crimes eleitorais, ao se beneficiarem indevidamente de convênios firmados pelo Governo do Maranhão na gestão de José Reinaldo Tavares.
Em 4 de março de 2009, o TSE condenou governador e vice por abuso de poder político. Os votos conferidos a Jackson Lago e Luís Carlos Porto nas eleições de 2006 passaram a ser considerados nulos. Em razão disso, Roseana Sarney passou a ter mais da metade dos votos válidos (60%), fazendo com que o TSE então a declarasse eleita e determinasse que ela tomasse posse. Jackson e Porto continuaram em seus cargos até o fim do julgamento de recursos.
Em 16 de abril de 2009, o TSE confirmou a cassação do mandato de Lago e Porto e ordenou a diplomação da segunda colocada no pleito. Entretanto, Lago se recusou a abandonar o Palácio dos Leões, sede do governo. O movimento de resistência ao novo governo recebeu o nome de “balaiada” (em alusão à revolta que ocorreu no estado entre 1838 e 1841). Após a saída do Palácio dos Leões, Jackson prometeu continuar sua vida política em discurso no diretório estadual do PDT.